30.9.05
Tchau, Sabris.
29.9.05
Muffins
Querida Porto Alegre, desejo-te boa sorte. Dificilmente a noite de hoje serah superada. Ainda assim, conto com seu esforco. Boa noite.
26.9.05
Trata-se de uma proposta de cardapio: peixe na cachaca com alho poro e tomate cereja e agriao refogado no shoyo. Podemos fazer na Vila Gaucha, aqui em casa ou em outro lugar. Quem topa?
25.9.05
Momento recordar eh viver - O carro da Cintia chegou de guincho. Na foto, o visitante Charles e o morador Pilla. Ao fundo, um borrao chamado Marco Piza.
Na pracinha - Cena 1
Às vezes
Às vezes, só às vezes, eu queria que as coisas fossem mais simples, mais claras, que as pessoas não se fodessem aos pouquinhos -- porque quando a gente se fode várias vezes seguidas, um mais um é bem mais que dois. A dor (mas também o sorriso) não se soma, se multiplica. Uma pancada depois de outra e de outra é bem mais forte que uma só.
Acho que tem muita gente no mundo precisando somar risos.
Viajei, né?
Acho que tem muita gente no mundo precisando somar risos.
Viajei, né?
22.9.05
We've got a city to love
Pára. Pára tudo, porra. Temos o single novo dos Strokes, Juicebox. Temos passagens compradas para Porto Alegre. Temos ingressos para o show dos Strokes. Temos cidades frias para amar. Incrivelmente tudo tem muito a ver. Prazer, eu sou o menino das coincidências, como a Ana bem me definiu. Eu junto pecinhas aleatórias, produzo sentidos falsos.
Com vocês, senhoras e senhores, moças e rapazes, tirem as crianças da sala: The Strokes.
Juicebox
everybody sees me
but it's not that easy
standing in my life fields
standing in a light field
waiting for some action
waiting for some action over
why won't you come over here?
why won't you come over here?
we've got a city to love
why won't you come over here?
we've got a city to love
oh damn good years
you've got? so show me
I know you messed up
when I saw you
you're cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
nobody decieve me
everything's too easy
standing in the life fields
standing in the light field
waiting for some action
waiting for some action she said
why won't you come over here?
why won't you come over here?
we've got a city to love
why won't you come over here?
we've got a city to love
oh down the soul
and I said "set free"
you never chose me
for a while it was nice
but it's time to say goodbye
you're cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
no no no cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
oh no no no no cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
ooooh you should go
* valeu mais uma vez, Rock de Índio.
Com vocês, senhoras e senhores, moças e rapazes, tirem as crianças da sala: The Strokes.
Juicebox
everybody sees me
but it's not that easy
standing in my life fields
standing in a light field
waiting for some action
waiting for some action over
why won't you come over here?
why won't you come over here?
we've got a city to love
why won't you come over here?
we've got a city to love
oh damn good years
you've got? so show me
I know you messed up
when I saw you
you're cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
nobody decieve me
everything's too easy
standing in the life fields
standing in the light field
waiting for some action
waiting for some action she said
why won't you come over here?
why won't you come over here?
we've got a city to love
why won't you come over here?
we've got a city to love
oh down the soul
and I said "set free"
you never chose me
for a while it was nice
but it's time to say goodbye
you're cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
no no no cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
oh no no no no cold
you're so cold
you're so cold
you're so cold
ooooh you should go
* valeu mais uma vez, Rock de Índio.
Já que estamos falando de poesia
21.9.05
O Alexandre Matias é um sujeito bacana que conheço faz uns anos por e-mails e alguns telefonemas e alguma lista de discussão qualquer lá pelos anos 90, eu acho -- lista de discussão hoje é tão velho quanto falar de radioamador ou é só impressão minha?
Ele é esperto, ligado em coisas. Vale sempre passar ali pelo blog dele. Dia desses, ele escreveu sobre Porto Alegre. É sensacional:
"O ar de metrópole se desfaz com a altitude e entre alguns prédios altos perto do centro, mas toda a Cidade Baixa, quase uma Vila do Chaves nas dimensões do Projac, me passam um ar familiar dos tempos em que eu ainda habitava uma clássica vilinha na Vila Mariana com a minha ex-mulher."
E segue:
"A cidade parece de brinquedo, asfalto de Lego, casas de Playmobil desgastadas pelo tempo - assim, é possível entender, sem pestanejar, o fato de as pessoas se vestirem como se tivessem acabado de sair de um brechó ou de um seriado dos anos 70. Há um certo ar de infância enclausurado nos olhares de todos os portoalegrenses, uma animação pré-disposta que sorri da piada no minuto em que começamos a contá-la. A testa franze e as sobrancelhas se erguem, abrindo a boca em claras boas vindas. Por mais firme que o cenho esteja cerrado, todo gaúcho parece disposto a agradar os estrangeiros, numa natural demonstração do orgulho que têm por sua cidade. E Porto Alegre, como qualquer cidade do interior paulista ou do Rio de Janeiro, não tem nada demais. Talvez isso a torne tão simpática - o fato de seus habitantes prezarem pela simplicidade local, que inclui sanduíches gigantescos, tortas de sorvete e cerveja Polar."
Ele é esperto, ligado em coisas. Vale sempre passar ali pelo blog dele. Dia desses, ele escreveu sobre Porto Alegre. É sensacional:
"O ar de metrópole se desfaz com a altitude e entre alguns prédios altos perto do centro, mas toda a Cidade Baixa, quase uma Vila do Chaves nas dimensões do Projac, me passam um ar familiar dos tempos em que eu ainda habitava uma clássica vilinha na Vila Mariana com a minha ex-mulher."
E segue:
"A cidade parece de brinquedo, asfalto de Lego, casas de Playmobil desgastadas pelo tempo - assim, é possível entender, sem pestanejar, o fato de as pessoas se vestirem como se tivessem acabado de sair de um brechó ou de um seriado dos anos 70. Há um certo ar de infância enclausurado nos olhares de todos os portoalegrenses, uma animação pré-disposta que sorri da piada no minuto em que começamos a contá-la. A testa franze e as sobrancelhas se erguem, abrindo a boca em claras boas vindas. Por mais firme que o cenho esteja cerrado, todo gaúcho parece disposto a agradar os estrangeiros, numa natural demonstração do orgulho que têm por sua cidade. E Porto Alegre, como qualquer cidade do interior paulista ou do Rio de Janeiro, não tem nada demais. Talvez isso a torne tão simpática - o fato de seus habitantes prezarem pela simplicidade local, que inclui sanduíches gigantescos, tortas de sorvete e cerveja Polar."
20.9.05
Dia dos Gaúchos
Demorou. O Marco foi o último a chegar. Mas começou bem. Conseguiu até emocionar. E me deu vontade de escrever, que é o que sei fazer nessas horas.
Olha, vocês sabem como eu sou: nunca dei muita bola pra essa gauchidade. Não como carne, só fui gostar de chimarrão depois de gostar de chá verde, só fui entender do que se tratava o tradicionalismo depois de ver entender que era tudo uma mentira inventada por dois sujeitos muito bacanas que conheci.
Eu sempre achei que vinha pra cá e só ia ver gaúchos no Natal, ou no máximo um de cada vez. Um dia a Denise, outro dia o Emi, às vezes sei lá quem.
Ontem fez três meses que eu vim pra cá. Hoje, três meses de trabalho -- não qualquer trabalho, e sim o trabalho que mais me deixa feliz na vida.
Aí eu olho em volta e tem gaúchos. Gaúchos por todos os lados e de todos os tipos -- tem até gente que tá virando gaúcha por afinidade, tomando mais chimas que eu, ganhando kit, comendo muffin da Barbarella e pedindo receita de cuca. A gente tem um blog que se chama como se chama, por deus. E a gente vai junto para Porto Alegre no dia 30, tomar chocolate no Z.
Esta pode não ser a vida com que eu sonhei, mas só porque eu teria que ser um Leonardo da Vinci pra imaginar uma vida tão legal. Porque a gente se fode, a gente chora, a gente pira, mas a gente tá junto e isso me faz muito, muito feliz.
É por isso que eu lembrei do último parágrafo de As Cidades Invisíveis, do Italo Calvino, que é um livro que eu sempre tenho que ter por perto. Não é por acaso que tenho pensado muito nele. É por vocês, por causa de vocês, porque fico feliz de estar com vocês:
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebe-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."
Olha, vocês sabem como eu sou: nunca dei muita bola pra essa gauchidade. Não como carne, só fui gostar de chimarrão depois de gostar de chá verde, só fui entender do que se tratava o tradicionalismo depois de ver entender que era tudo uma mentira inventada por dois sujeitos muito bacanas que conheci.
Eu sempre achei que vinha pra cá e só ia ver gaúchos no Natal, ou no máximo um de cada vez. Um dia a Denise, outro dia o Emi, às vezes sei lá quem.
Ontem fez três meses que eu vim pra cá. Hoje, três meses de trabalho -- não qualquer trabalho, e sim o trabalho que mais me deixa feliz na vida.
Aí eu olho em volta e tem gaúchos. Gaúchos por todos os lados e de todos os tipos -- tem até gente que tá virando gaúcha por afinidade, tomando mais chimas que eu, ganhando kit, comendo muffin da Barbarella e pedindo receita de cuca. A gente tem um blog que se chama como se chama, por deus. E a gente vai junto para Porto Alegre no dia 30, tomar chocolate no Z.
Esta pode não ser a vida com que eu sonhei, mas só porque eu teria que ser um Leonardo da Vinci pra imaginar uma vida tão legal. Porque a gente se fode, a gente chora, a gente pira, mas a gente tá junto e isso me faz muito, muito feliz.
É por isso que eu lembrei do último parágrafo de As Cidades Invisíveis, do Italo Calvino, que é um livro que eu sempre tenho que ter por perto. Não é por acaso que tenho pensado muito nele. É por vocês, por causa de vocês, porque fico feliz de estar com vocês:
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebe-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."
19.9.05
Bisnaguinhaaaaaaaaaaaaaaaa
A Vila Gaúcha apresenta sua equipe quase completa e mais alguns agregados, celebrando Sua Majestade, a bisnaguinha.
Em tempo
O Paulinho escreve tbm
(foi mal aí...)
(foi mal aí...)
Enquete:
Assinale a respoeta correta:
De quem é este Blog , afinal:
a) Cintia Gonçalves
b) Liane Santi
c) Marcio Fritzen
d) Marco Antônio Piza Filho
e) Paulo Camossa Júnior
f) Ricardo Pilla
g) Sabrina Guzzon
h) Eduardo Henschel
PQ SÓ O NASI ESCREVE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
De quem é este Blog , afinal:
a) Cintia Gonçalves
b) Liane Santi
c) Marcio Fritzen
d) Marco Antônio Piza Filho
e) Paulo Camossa Júnior
f) Ricardo Pilla
g) Sabrina Guzzon
h) Eduardo Henschel
PQ SÓ O NASI ESCREVE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17.9.05
Sob o signo dos peixes
Vejam bem: temos um layout novo -- que ainda precisa de uns ajustes. Mas já tem mais a cara da Casinha.
16.9.05
Chico Ferdinando
O título é excelente: You could have it so much better with Franz Ferdinand. Dá vontade de multiplicar o "o" -- You could have it soooooooooooooo much better with Franz Ferdinand.
A gente amou uma das músicas: You're the reason I'm leaving -- eu ouvi o dia todo, grudei ela na cabeça, enchi o saco de quem tava em volta. E o mais incrível é a sensação que ela causa. Parece que tu já ouviu ela. Desde sempre.
A gente amou uma das músicas: You're the reason I'm leaving -- eu ouvi o dia todo, grudei ela na cabeça, enchi o saco de quem tava em volta. E o mais incrível é a sensação que ela causa. Parece que tu já ouviu ela. Desde sempre.
Eu tou dizendo
Bora pro Berlin, o bar com as paredes mais lindas da cidade? Que que eu faço para convencê-los?
Será que isso ajuda?
Será que isso ajuda?
15.9.05
Bátima
O Marco, que ainda não está entre nós, me mostrou outro dia o filme do Bátima.
Putaqueopariu, Robin, é uma obra-prima.
E agora saiu no site da Herói uma matéria sobre o filme, que é um referencial artístico da Vila Gaúcha.
Putaqueopariu, Robin, é uma obra-prima.
E agora saiu no site da Herói uma matéria sobre o filme, que é um referencial artístico da Vila Gaúcha.
Slogan
Repico aqui a Adidas, avistada tantas vezes nestas madrugas:
IMPOSSIBLE IS NOTHING.
IMPOSSIBLE IS NOTHING.
Psssst
F. nos contou o que significado da versão em inglês da expressão COMEDOR DE CARPETES. Eu não sabia. Até diria que não é ruim, mas que pode pegar mal pras moças.
13.9.05
Nós temos uma banda. Somos Los Racionales Irracionales. Nos apresentamos toda terça-feira em um bar de sinuca na Lapa.
Confissões de um comedor de carpete
O controle -- que era o que me restava, e só o que me restava -- foi-se embora no momento exato em que senti aquele cheiro.
Eu fora um menino de posses e amores lá na Estância do Porto Alegre. Quando vim pra cá, vim com as roupas, os livros e plantei as flores. Mas as roupas não são nossas -- são dos outros, que nos fazem vesti-las para se protegerem de nós mesmos. Os livros e as flores nos pedem tempo -- de lê-los, de regá-los.
O tempo me permitia usar o litrão de água Petrópolis para molhar os gerânios pendentes na floreira, que ficava defronte do par de poltronas em que eu lia (atirado numa, apoiava os pés na outra).
Mas o carpete, com seu cheiro viciante de cola, me tirou o tempo. Passei a me dedicar a ele, só a ele, com o zelo de uma empregadinha de Balzac. Com coração simples, primeiro rondava-o, sentindo seu cheiro, que me entrava pelas narinas, mas me provocava uma sensação intensa que rasagava a garganta. Quanto mais cheirava, mais intensa a relação -- acordava eu no dia seguinte com a sensação de ter engolido um texugo. Ou um guaxinim.
Até o dia em que não bastou cheirá-lo. Tive que mordê-lo. E então senti os pedacinhos de terra na boca, o pó grudando nos lábios, uma comichão no nariz causada pelos ácaros.
Foi assim que meu vício começou.
(fim pro primeiro capítulo)
Eu fora um menino de posses e amores lá na Estância do Porto Alegre. Quando vim pra cá, vim com as roupas, os livros e plantei as flores. Mas as roupas não são nossas -- são dos outros, que nos fazem vesti-las para se protegerem de nós mesmos. Os livros e as flores nos pedem tempo -- de lê-los, de regá-los.
O tempo me permitia usar o litrão de água Petrópolis para molhar os gerânios pendentes na floreira, que ficava defronte do par de poltronas em que eu lia (atirado numa, apoiava os pés na outra).
Mas o carpete, com seu cheiro viciante de cola, me tirou o tempo. Passei a me dedicar a ele, só a ele, com o zelo de uma empregadinha de Balzac. Com coração simples, primeiro rondava-o, sentindo seu cheiro, que me entrava pelas narinas, mas me provocava uma sensação intensa que rasagava a garganta. Quanto mais cheirava, mais intensa a relação -- acordava eu no dia seguinte com a sensação de ter engolido um texugo. Ou um guaxinim.
Até o dia em que não bastou cheirá-lo. Tive que mordê-lo. E então senti os pedacinhos de terra na boca, o pó grudando nos lábios, uma comichão no nariz causada pelos ácaros.
Foi assim que meu vício começou.
(fim pro primeiro capítulo)
Paperhead
Ganha um rancho do Zaffari quem adivinhar qual morador da Vila Gaúcha encarnou Paperhead na festa de ontem.
12.9.05
Vocês pediram um blog. Vocês têm um blog.