20.9.06
O Chilique Farroupilha
Há muitos e muitos 20 de setembro, o Rio Grande do Sul perdeu uma guerra contra o Brasil. Na época, os soldados gaúchos estavam tão maltrapilhos que o embate virou a Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha. Uma tristeza só. A idéia, claro, era o mesmo delírio de sempre: separar o incrível Estado Maravilha do resto do Brasil de Merda.
Na verdade, o conflito não chegou nem mesmo a ser uma guerra, simplesmente porque o Brasil nunca chegou a considerar o Rio Grande do Sul um Estado independente com quem devesse guerrear. E a suposta guerra foi só isso: um conflito interno em que os gaúchos não tinham lá muitas chances de vencer e, como previsto, não venceram. Um chilique, um surtinho, portanto.
Quando o conflito acabou, o Brasil não tinha com quem assinar a paz. Houve, sim, na tal Paz do Ponche Verde, uma série de pequenos acordos, a começar pelo direito de o Império indicar o presidente do Estado, o Duque de Caxias, que hoje nomeia uma cidade serrana e uma das principais avenidas de Porto Alegre. A maioria dos termos mais favoráveis aos perdedores, óbvio, não foi cumprida.
Apesar disso, hoje é feriado no Rio Grande do Sul. Os gaúchos estão vestidos com aquelas roupas criadas por Barbosa Lessa e Paixão Côrtes já neste século (mas acham que são trajes históricos) e desfilam a cavalo pelas ruas da cidade, com presença de políticos, tipo um 7 de Setembro local. Quem olha de fora, parece que venceram uma guerra.
Pois não venceram.
Na verdade, o conflito não chegou nem mesmo a ser uma guerra, simplesmente porque o Brasil nunca chegou a considerar o Rio Grande do Sul um Estado independente com quem devesse guerrear. E a suposta guerra foi só isso: um conflito interno em que os gaúchos não tinham lá muitas chances de vencer e, como previsto, não venceram. Um chilique, um surtinho, portanto.
Quando o conflito acabou, o Brasil não tinha com quem assinar a paz. Houve, sim, na tal Paz do Ponche Verde, uma série de pequenos acordos, a começar pelo direito de o Império indicar o presidente do Estado, o Duque de Caxias, que hoje nomeia uma cidade serrana e uma das principais avenidas de Porto Alegre. A maioria dos termos mais favoráveis aos perdedores, óbvio, não foi cumprida.
Apesar disso, hoje é feriado no Rio Grande do Sul. Os gaúchos estão vestidos com aquelas roupas criadas por Barbosa Lessa e Paixão Côrtes já neste século (mas acham que são trajes históricos) e desfilam a cavalo pelas ruas da cidade, com presença de políticos, tipo um 7 de Setembro local. Quem olha de fora, parece que venceram uma guerra.
Pois não venceram.
19.9.06
Duas coisas
"Toda ninfeta é antes de tudo uma chata.
Por uma razão mui óbvia, senhores: juntam no mesmo saco a ignorância pernóstica da adolescência com a crença monstra nos seus poderes de sedução. Somente na literatura, ainda a grande e única arte, foi possível salvar essa raça."
Xico Sá, onipresente, em artigo no Paralelos.
***
"Com os traficantes foi apreendida cocaína, LSD e um gibi cujo personagem principal, "Capitão Presença", fazia apologia ao uso de drogas."
Texto sobre apreensão de drogas do site da Federação Nacional dos Policiais Federais.
(Só espero que não sobre pra mim)
Por uma razão mui óbvia, senhores: juntam no mesmo saco a ignorância pernóstica da adolescência com a crença monstra nos seus poderes de sedução. Somente na literatura, ainda a grande e única arte, foi possível salvar essa raça."
Xico Sá, onipresente, em artigo no Paralelos.
***
"Com os traficantes foi apreendida cocaína, LSD e um gibi cujo personagem principal, "Capitão Presença", fazia apologia ao uso de drogas."
Texto sobre apreensão de drogas do site da Federação Nacional dos Policiais Federais.
(Só espero que não sobre pra mim)