20.9.05
Dia dos Gaúchos
Demorou. O Marco foi o último a chegar. Mas começou bem. Conseguiu até emocionar. E me deu vontade de escrever, que é o que sei fazer nessas horas.
Olha, vocês sabem como eu sou: nunca dei muita bola pra essa gauchidade. Não como carne, só fui gostar de chimarrão depois de gostar de chá verde, só fui entender do que se tratava o tradicionalismo depois de ver entender que era tudo uma mentira inventada por dois sujeitos muito bacanas que conheci.
Eu sempre achei que vinha pra cá e só ia ver gaúchos no Natal, ou no máximo um de cada vez. Um dia a Denise, outro dia o Emi, às vezes sei lá quem.
Ontem fez três meses que eu vim pra cá. Hoje, três meses de trabalho -- não qualquer trabalho, e sim o trabalho que mais me deixa feliz na vida.
Aí eu olho em volta e tem gaúchos. Gaúchos por todos os lados e de todos os tipos -- tem até gente que tá virando gaúcha por afinidade, tomando mais chimas que eu, ganhando kit, comendo muffin da Barbarella e pedindo receita de cuca. A gente tem um blog que se chama como se chama, por deus. E a gente vai junto para Porto Alegre no dia 30, tomar chocolate no Z.
Esta pode não ser a vida com que eu sonhei, mas só porque eu teria que ser um Leonardo da Vinci pra imaginar uma vida tão legal. Porque a gente se fode, a gente chora, a gente pira, mas a gente tá junto e isso me faz muito, muito feliz.
É por isso que eu lembrei do último parágrafo de As Cidades Invisíveis, do Italo Calvino, que é um livro que eu sempre tenho que ter por perto. Não é por acaso que tenho pensado muito nele. É por vocês, por causa de vocês, porque fico feliz de estar com vocês:
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebe-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."
Olha, vocês sabem como eu sou: nunca dei muita bola pra essa gauchidade. Não como carne, só fui gostar de chimarrão depois de gostar de chá verde, só fui entender do que se tratava o tradicionalismo depois de ver entender que era tudo uma mentira inventada por dois sujeitos muito bacanas que conheci.
Eu sempre achei que vinha pra cá e só ia ver gaúchos no Natal, ou no máximo um de cada vez. Um dia a Denise, outro dia o Emi, às vezes sei lá quem.
Ontem fez três meses que eu vim pra cá. Hoje, três meses de trabalho -- não qualquer trabalho, e sim o trabalho que mais me deixa feliz na vida.
Aí eu olho em volta e tem gaúchos. Gaúchos por todos os lados e de todos os tipos -- tem até gente que tá virando gaúcha por afinidade, tomando mais chimas que eu, ganhando kit, comendo muffin da Barbarella e pedindo receita de cuca. A gente tem um blog que se chama como se chama, por deus. E a gente vai junto para Porto Alegre no dia 30, tomar chocolate no Z.
Esta pode não ser a vida com que eu sonhei, mas só porque eu teria que ser um Leonardo da Vinci pra imaginar uma vida tão legal. Porque a gente se fode, a gente chora, a gente pira, mas a gente tá junto e isso me faz muito, muito feliz.
É por isso que eu lembrei do último parágrafo de As Cidades Invisíveis, do Italo Calvino, que é um livro que eu sempre tenho que ter por perto. Não é por acaso que tenho pensado muito nele. É por vocês, por causa de vocês, porque fico feliz de estar com vocês:
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebe-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."
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