21.9.05
O Alexandre Matias é um sujeito bacana que conheço faz uns anos por e-mails e alguns telefonemas e alguma lista de discussão qualquer lá pelos anos 90, eu acho -- lista de discussão hoje é tão velho quanto falar de radioamador ou é só impressão minha?
Ele é esperto, ligado em coisas. Vale sempre passar ali pelo blog dele. Dia desses, ele escreveu sobre Porto Alegre. É sensacional:
"O ar de metrópole se desfaz com a altitude e entre alguns prédios altos perto do centro, mas toda a Cidade Baixa, quase uma Vila do Chaves nas dimensões do Projac, me passam um ar familiar dos tempos em que eu ainda habitava uma clássica vilinha na Vila Mariana com a minha ex-mulher."
E segue:
"A cidade parece de brinquedo, asfalto de Lego, casas de Playmobil desgastadas pelo tempo - assim, é possível entender, sem pestanejar, o fato de as pessoas se vestirem como se tivessem acabado de sair de um brechó ou de um seriado dos anos 70. Há um certo ar de infância enclausurado nos olhares de todos os portoalegrenses, uma animação pré-disposta que sorri da piada no minuto em que começamos a contá-la. A testa franze e as sobrancelhas se erguem, abrindo a boca em claras boas vindas. Por mais firme que o cenho esteja cerrado, todo gaúcho parece disposto a agradar os estrangeiros, numa natural demonstração do orgulho que têm por sua cidade. E Porto Alegre, como qualquer cidade do interior paulista ou do Rio de Janeiro, não tem nada demais. Talvez isso a torne tão simpática - o fato de seus habitantes prezarem pela simplicidade local, que inclui sanduíches gigantescos, tortas de sorvete e cerveja Polar."
Ele é esperto, ligado em coisas. Vale sempre passar ali pelo blog dele. Dia desses, ele escreveu sobre Porto Alegre. É sensacional:
"O ar de metrópole se desfaz com a altitude e entre alguns prédios altos perto do centro, mas toda a Cidade Baixa, quase uma Vila do Chaves nas dimensões do Projac, me passam um ar familiar dos tempos em que eu ainda habitava uma clássica vilinha na Vila Mariana com a minha ex-mulher."
E segue:
"A cidade parece de brinquedo, asfalto de Lego, casas de Playmobil desgastadas pelo tempo - assim, é possível entender, sem pestanejar, o fato de as pessoas se vestirem como se tivessem acabado de sair de um brechó ou de um seriado dos anos 70. Há um certo ar de infância enclausurado nos olhares de todos os portoalegrenses, uma animação pré-disposta que sorri da piada no minuto em que começamos a contá-la. A testa franze e as sobrancelhas se erguem, abrindo a boca em claras boas vindas. Por mais firme que o cenho esteja cerrado, todo gaúcho parece disposto a agradar os estrangeiros, numa natural demonstração do orgulho que têm por sua cidade. E Porto Alegre, como qualquer cidade do interior paulista ou do Rio de Janeiro, não tem nada demais. Talvez isso a torne tão simpática - o fato de seus habitantes prezarem pela simplicidade local, que inclui sanduíches gigantescos, tortas de sorvete e cerveja Polar."
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